Isto acontece porque,
na retina, a membrana que cobre a face interna do olho, se encontram as células
foto receptoras, os chamados cones, que permitem a percepção da cor. E esses
cones são precisamente três, cada um sensível a um pigmento: vermelho, verde e
azul.
Num daltónico, um ou
mais dos diferentes tipos de cone não funciona correctamente ou nem sequer
existe, o que impede o cérebro de receber a informação que lhe permite
descodificar a cor associada. Nos casos mais comuns, as pessoas desenvolvem um
sistema de referência próprio, substituindo as tonalidades ausentes por
diferentes tons de cinzento.
O daltonismo pode ser
despistado em idade pré-escolar, aquando da primeira visita ao oftalmologista.
Mas só pelos 10 anos é possível avaliar com maior precisão o défice cromático
da criança. Aliás, aqui radica uma das razões para se fazer o despiste precoce
do daltonismo: acontece que, ignorando ser portadores desta anomalia da visão,
os jovens percorrem um determinado caminho escolar, com destino a uma profissão
que correm o risco de não exercer.
Uma vez identificada a anomalia, não há
necessidade de qualquer vigilância particular, até porque não interfere nas
outras funções da visão. E porque, por enquanto, não existe qualquer tratamento
que permita restabelecer a percepção normal das cores.
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